quarta-feira, 14 de julho de 2010

O que escrever nesse blog?

Listo prováveis assuntos: política, mercado de trabalho, homens que cospem catarros horrorosos pelas ruas, meus frustrados relacionamentos, sexo sem amor, a necessidade de ter alguém pra chamar de amor. Demoro um dia inteiro para me decidir porque sou indecisa. Não me decido por nenhum porque sou insegura e egoísta: quero todos. Então vamos lá, seguindo a ordem. Existe um boato por aí que políticos tem a vida boa e que todos eles são meio ou inteiro corruptos. Isso faz com que as pessoas se frustrem tanto que a maioria hoje em dia não liga mais para votação, elas dizem : Todos são iguais Maria Evanilda, vota em qualquer um. E acabam fazendo exatamente o que eles querem, o quê? Votar sem pensar, alienado que todos são iguais então que se escolha qualquer um, e é assim que o Brasil fica estagnado, as pessoas generalizam tudo e perderam seu conceito de escolha.
O mercado de trabalho, é uma coisa que eu ainda não sei explicar direito, muitos acham esse papo muito cool e sem pensar em nada se matriculam aos montes pelas faculdades do país. Sou estudante de jornalismo há um ano e meio e simplesmente ainda não consegui nenhum estagio na área, trabalho com engenharia para poder pagar a faculdade e minhas regalias e já estou ciente que assim que conseguir um estagio na área não terei um salário alto mesmo se tiver que trabalhar mais de doze horas por dia. E tudo isso porquê? Estudantes de comunicação em sua maioria ganham mal, e não existe lógica cientifica pra isso. A Industria paga bem, a área de comunicação mal, já virou slogan nas faculdades. Muitos amigos e parentes perguntam por que eu não optei em estudar e me fixar na área da Industria? Porque sabendo dos problemas do mercado de trabalho eu optei por jornalismo? O que posso dizer, eu amo pensar em trabalhar com jornalismo, com textos, com informação quero um trabalho que me de prazer, mesmo que eu tenha que pagar pra trabalhar. Eles não acreditam nisso e acham que optei faculdade de jornalismo para ter vida mansa, afinal uma faculdade de engenharia é torturante até para os mais nerd's. Falando com alguns amigos que trabalham na área descobri que o slogan do pagar pouco é realidade, e muitos pensam ninguém normal atura isso não é mesmo? Mas caiam pra trás, aturam sim e felizes. Trabalhar com algo que se gosta parece ser o maior salário que todos eles tem. Então quanto a ter a vida mansa, que vão todos para a merda antes que eu me esqueça. Não sei de muitas coisas nesta vida, mas aprendi que entre a paixão e o ódio pelos meus relacionamentos frustrados e o mercado de trabalho, tem sempre um catarro. Vou andando pelas ruas pensando em todos os lados bons e ruins do meu novo paquera: ele não é muito bonito, mas engraçado, fala bem, conhece MPB, tem algumas gírias estúpidas mas curte Jack Johnson e Plá, uma catarrada. Eu vou ganhar mal, me darão uma bosta de um PC em vez de um Mac, eu vou ficar muito tempo sentada e minha bunda ficará horrível, plá, outra catarrada. Por que diabos esses imundos homens cospem essas melequeiras pelas ruas? Por que diabos? Por que diabos? Como eu odeio isso. ODEIO. Onde está escrito que o mundo permite essa nojeira exposta à luz do dia? Às vezes é preciso desviar para não sentir respingagens disso no peito do pé. Desejo do fundo do meu coração que todos eles sufoquem entalados com suas crias gosmentas e fiquem tão verdes quanto elas. Mas ainda mais nojento do que escutar aquela chupada suína que precede o plá da catarrada, é escutar o sugar de tesão de um escroto qualquer que você nunca viu na vida. É aquele “ssssssssss delícia”, “ufffffffffffffffff gostosa”. Não se anime não, seu homens sapiens urbano, que o que você está vendo é apenas o poder de uma calça jeans cara que uma estudande de jornalismo em começo de carreira com seu salário bom que ganha em engenharia só pode ter comprado em quatro vezes sem juros. Você não tá vendo, querido, que por trás disso é apenas a bunda de uma estudande que sofre várias crises com o paquera que agora parou de mandar mensagens e decidiu sumir sem nenhuma explicação natural? Tá caída, meu bem! Nem me lembro o dia que esteve em pé. Aliás, isso me lembrou a politica, mas este assunto já deu.E por falar em dar... dar não é fazer amor como maravilhosamente disse Luíz Verissímo, dar sim é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra caramba. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca, te chama de nomes que eu não escreveria, não te vira com delicadeza, não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar, sem querer apresentar pra mãe, sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto. Dar porque a vida de estudande de jornalismo em começo de carreira é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem caras que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom. Na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez por anos. Mas dar é dar demais e ficar vazia. Dar é não ganhar. É não ganhar um “eu te amo” baixinho, perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha, amor?". Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.

2 comentários:

  1. Lendo teu post me deu uma coceirinha na garganta...

    Falar em política, é o mesmo que jogar merda (desculpa os termos, sou "xulo mesmo!" - como se diz aqui no Sul) no ventilador. Falam, falam mal, falam de fulano e acabam votando sem interesse e depois, bom, o ventilador manda de volta...

    (Inspirando prolongadamente)

    Falar sobre mercado de trabalho. Não existe regra: pessoas bem remuneradas por vezes são mais insatisfeitas que aquelas que recebem mal pra caramba, mas fazem por prazer (e não estou falando das "moças da vida!")!

    (Longa inspiração com leve ruído...)

    Ver uma guria escrever tão aberta assim em "Dar", confesso que é excitante e hilariante, e sendo tudo tão verdadeiro, um pouco preocupante: É bom mas é vicioso, mas o melhor, é com "amor", é ainda mais gostoso"...

    (Ronquidão forte no peito...)

    Mas falar para homens sobre catarro... não, não aguento mais. Com licença... "Reich"... Slupt... (catarro saltando)... Obrigado!

    Mas na minha opinião, tu escreve bem, mas deveria, neste post, dividir, pois tu escreveu 3 assuntos diferentes no mesmo, apenas lincando um com o outro. Entretanto, o conteúdo é muito bom, e para o bem dos blogs, continue escrevendo, com um pouco mais de assiduidade!

    Abraço!

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  2. Bah, guria!

    Acho que tu mudou o dominio do teu blog e perdeu o meu comentario no teu post de ontem. Eu levei um tempo comentando,tu chegou a ler?

    (Buábuá)

    Abraço!

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